Recentemente estava lendo alguns artigos de revista, que falavam sobre a mecânica da atual sociedade de consumo, eles colocavam em questão o fato de que a busca pelo ter faz o ser humano extremamente frustrado e infeliz.
Lendo aquilo parecia o mundo todo não passar de ilusão. Me senti uma cobaia onde todas as coisas de que gosto e pelas quais me esforço (celular, cinema, roupas, etc.) não passam de maneiras do sistema capitalista me arrancar dinheiro e deixar-me "programado" pra sempre gastar mais. Tipo o rato de laboratório que passa sua vida atrás do queijo.
Ao mesmo tempo me senti culpado. Porque se o consumismo é a religião que aliena as pessoas, através da busca de um prazer impossível de se alcançar, nós profissionais de comunicação e marketing somos seus "sacerdotes" responsáveis por levar toda essa mentira adiante. Ou seja, eu sou praticamente um nazista.
No meio de toda essa confusão um fio de esperança se ascendeu. Percebi que a busca pelo ter sempre mais é parte da natureza humana, sem isso nós ainda estaríamos nas cavernas. Lutar contra essa característica que nós difere dos animais seria loucura.
Se abundância não traz felicidade, carência também não irá trazer. Não preciso de um carro importado pra ser feliz e muito menos andar a pé. Acredito que as pessoas colocam a culpa das mazelas sociais no capitalismo porque é mais fácil querer mudar o sistema do que mudar a si próprias. Mesmo na aldeia mais isolada, onde tudo é compartilhado e igual pra todos, existem índios felizes e índios infelizes. Isso porque a felicidade é algo interno. Não depende do que se tem. Não importa se é capitalismo, comunismo, anarquia ou seja lá o que for. O problema não está no sistema e sim nas pessoas.
Claro que é necessário haver bom senso tanto por parte de quem compra quanto de quem vende. pra isso que existem leis de proteção ao consumidor, responsabilidade social, consumo consciente e tantos outros termos tão falados no mundo do consumo.
Conclusão: Pra melhorar o mundo uns plantam árvores, outros escrevem livros ou salvam as baleias. Eu faço marketing. Meu sentimento de culpa foi embora e prossigo minha jornada sabendo a importância do que faço para o bem da humanidade.
terça-feira, 5 de maio de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário